O governo de Marchezan sequer esperou ser notificado da decisão do Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucional o Instituto Municipal de Estratégia em Saúde da Família (IMESF), e já saiu anunciando a demissão de mais de 1800 trabalhadores que atendem a atenção primária em Porto Alegre. O fim do Imesf que pode resultar na paralisia da saúde pública da capital. Assine o abaixo-assinado contra a demissão dos trabalhadores do Imesf e em defesa da saúde pública de Porto Alegre.
A pressa do prefeito Marchezan em substituir o Imesf por empresas terceirizadas faz parte da mesma lógica neoliberal, privatizadora e de enfraquecimento do SUS, que vem sendo propagada pelo governo Bolsonaro. Além disso, desconsidera o trabalho fundamental exercido pelos agentes de saúde junto às famílias dos bairros de Porto Alegre.
Conheça 5 serviços essenciais que podem ser afetados imediatamente:
1 – Combate ao mosquito da dengue e endemias
Os agentes comunitários de saúde são responsáveis pela vistoria das residências, colocação de armadilhas e mapeamento dos focos de mosquito da dengue e outras zoonoses. Ferramentas de monitoramento dos focos de mosquito podem ser paralisadas. Mesmo com o trabalho diários dos agentes de saúde, Porto Alegre contabilizou 440 casos de dengue no primeiro semestre do ano. Sem o trabalho de vistoria, o número será muito maior.
2 – Pré-Natal e acompanhamento de gestantes
As equipes de saúde da família, compostas por enfermeiros, auxiliares e médicos são responsáveis pelo acompanhamento de gestantes e por todo pré-natal, garantindo que bebês nasçam saudáveis e as mães não corram riscos. Sem enfermeiros, mães e crianças ficam expostas e sem assistência.
3 – Trocas de curativos e assistência doméstica
Muitas pessoas estão em condições de saúde tão debilitadas que sequer tem condições de sair de suas residências para ir ao posto de saúde. É aí que entra o trabalho fundamental de agentes de saúde, indo até a casa das pessoas para limpeza de ferimentos, troca de curativos e administração de medicamentos, possibilitando um atendimento humanizado e garantindo um mínimo de conforto a quem já padece de doenças.
4 – Saúde bucal e problemas de visão
Entre os profissionais que integram o IMESF também estão dentistas e oftalmologistas, responsáveis por garantir saúde bucal e resolver pequenas complicações de visão. Os profissionais, que já estão sobrecarregados, garantem o atendimento emergencial em postos de saúde que agora correm o risco de serem cancelados.
5 – Emergências hospitalares
O fechamento repentino do IMESF provocará um efeito-cascata na saúde pública da capital. O serviço que hoje é realizado nos postos de saúde será interrompido e as pessoas irão recorrer às UPAs e emergências hospitalares, que já estão constantemente superlotadas.
Estamos na luta por nenhum trabalhador a menos e contra a demissão dos trabalhadores! Apoiamos a iniciativa do vereador Roberto Robaina para que o Imesf seja transformado em empresa pública. A saúde de Porto Alegre não vai se entregar tão fácil ao projeto que Marchezan que quer privatizá-la a todo custo!