“Eu não tenho nenhuma dúvida que esta reforma é um ataque brutal aos trabalhadores, com os piores métodos possíveis, com um balcão sujo de negócios com emendas parlamentares. Isso é ser ratazana de terno e gravata. Me envergonha muito o que aconteceu esta noite aqui”, disse Fernanda ao final da aprovação do projeto em primeiro turno.
A luta contra a Reforma da Previdência foi a principal batalha do nosso mandato contra o governo. Um projeto que, na prática, acaba com o direito à aposentadoria da classe trabalhadora. Construída sob uma lógica econômica nefasta que vai reduzir o poder de compra dos brasileiros, as mudanças prejudicarão a economia local dos municípios e aprofundarão ainda mais a crise e a desigualdade social. Em geral, o povo mais pobre terá que trabalhar mais para ganhar até 30% a menos de benefício. E para levar a aposentadoria na integralidade, os brasileiros terão que trabalhar por longos 40 anos.

O PSOL resistiu bravamente dentro e fora da Câmara dos Deputados. Construímos a greve geral do dia 14 de junho, que foi importante para unificar a luta da classe trabalhadora contra a reforma da previdência à da defesa da educação pública. Em mais de 200 cidades de diversos estados, estudantes, trabalhadores, rodoviários, metroviários paralisaram, denunciando os retrocessos da reforma para a vida das mulheres, dos trabalhadores rurais, para a categoria de professores, trabalhadores da segurança pública e servidores públicos.
Como forma de resistir e mobilizar a população, elaboramos uma cartilha para falar dos efeitos nefastos da Reforma e iniciamos uma campanha para incentivar a formação de comitês domésticos de luta contra o projeto. Ao todo, 376 comitês foram criados em todo o Brasil e dezenas de visitas aos locais foram realizadas.
Comitê na Ocupação Vida Nova Comitê em Esteio Comitê em Gravataí Comitê na Ocupação São Luís Comitê em Alvorada
Subcomissão da Seguridade Social da Mulher
Como luta contra a Reforma da Previdência, nosso mandato inovou propondo a primeira subcomissão da Comissão de Seguridade Social e Família com recorte de gênero e para tratar exclusivamente sobre os efeitos da Reforma da Previdência nas vidas das mulheres brasileiras.
A Subcomissão da Seguridade Social da Mulher, presidida pelo nosso mandato, realizou audiências públicas no Rio Grande do Sul e em outros estados, contando com o apoio de entidades nacionais como a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Movimento das Mulheres Camponesas, Articulação das Mulheres Brasileiras, Centro de Estudos Feministas e Assessoria – Cfemea Feminista, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Fasubra Sindical, Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas e Intersindical Central da Classe Trabalhadora. O relatório parcial dos trabalhos desenvolvidos pela comissão foi apresentado no final do semestre, incluindo a contribuição do Tribunal Popular das mulheres camponesas, que condenaram a Reforma.
Audiência em Osório Audiência em Pelotas Audiência em Três Cachoeiras