Não apenas na eleição, mas em todo o semestre, a ação do governo tem se baseado na produção de informações mentirosas e divulgação sistemática de notícias falsas. Tem usado isso como estratégia para tirar o foco da população enquanto implementa sua política de retirada de direitos sociais. O conteúdo político das fakenews e do discurso dos ministros e do próprio Bolsonaro também reforça o projeto conservador e obscurantista dessa gestão, que é de ojeriza ao pensamento crítico, à diversidade e à liberdade de expressão. Não é à toa que eles atacam até a figura de Paulo Freire, um dos maiores educadores do mundo e referência internacional de educação libertadora. O corte de mais de 6 bilhões da pasta de Educação usando como justificativa a ideia absurda de que as universidades, com melhor desempenho nacional, faziam “balbúrdia” é o exemplo concreto da atuação retrógrada do governo. Mas houve muita resistência em defesa da sociologia, da filosofia, contra os cortes de bolsas de mestrado e doutorado e da produção científica nas instituições de ensino. Os estudantes junto à comunidade acadêmica e à sociedade revidaram nas ruas, protagonizando grandes manifestações em defesa das universidades e dos Institutos Federais.
Se o #15M culminou na queda do ministro inábil Ricardo Vélez, os mais de 1 milhão de jovens que saíram às ruas em mais de 200 cidades brasileiras no #30M colocaram Weintraub contra a parede. Nosso mandato esteve junto na luta nas ruas e propôs um projeto de lei proibindo que os recursos da educação, já previstos no orçamento federal, sejam contingenciados, como uma resposta clara aos cortes promovidos por Bolsonaro.
Levantar livros contra a tirania e o terraplanismo
Esta luta também é a defesa do conhecimento contra o obscurantismo, afinal, qualquer projeto autoritário para assentar-se precisa tentar liquidar o pensamento crítico. Nosso mandato acompanhou a luta dos jovens nas ruas em Porto Alegre e Brasília. Temos orgulho em afirmar que estamos ao lado de quem luta pelo futuro do nosso país. Como forma de valorizar a produção literária do país, tão negligenciada pelo governo, criamos também a Frente Parlamentar de Incentivo ao Livro e à Leitura na Câmara dos Deputados, com lançamento previsto para o segundo semestre.