Estamos vivendo uma ofensiva neoliberal, em que a casta política e corrupta vem impondo de cima para baixo a retirada de direitos dos estudantes e da classe trabalhadora. No Brasil, 30% da juventude com menos de 25 anos não têm trabalho – uma taxa que representa mais que o dobro da média mundial de jovens desempregados. Sabemos que a fórmula dos ricos e das elites para enfrentar a crise econômica é cortar investimentos das áreas sociais e retirar direitos.
Michel Temer e seus aliados no Congresso Nacional, congelaram os recursos da educação e da saúde por 20 anos e instituíram a Reforma do Ensino Médio, um verdadeiro retrocesso para a educação pública brasileira. Mas o povo não deixou barato: uma onda de manifestações nacionais e ocupações de escolas e universidades por estudantes tomaram conta do país, denunciando a ilegitimidade de um presidente para governar o Brasil com menos de 6% de aprovação.
Se não bastasse isso, Temer jogou pesado para tentar aprovar a Reforma da Previdência, liberando mais de 10 bilhões de recursos públicos para emendas de deputados e senadores em troca de apoio político. O direito da juventude e dos trabalhadores a um futuro digno foi literalmente “vendido”. Nós denunciamos esse verdadeiro jogo sujo da política! Chega de toma-lá-dá-cá!
Felizmente, os jovens têm sido linha de frente no combate à retirada de direitos e não toleram mais a bandalheira da corrupção e os privilégios desse sistema político apodrecido. Como um mandato conectado com as lutas da juventude, sempre apoiamos a participação ativa dos jovens na política, as ocupações nas escolas, as mobilizações pela garantia de um transporte público e de qualidade, as lutas contra a retirada de direitos e por igualdade social.
No último ano, fomos linha de frente dos protestos em defesa dos direitos das mulheres, lutando contra o racismo, o machismo e a violência de gênero. Defendemos a valorização dos professores municipais como forma de assegurar uma educação pública e de qualidade e defendemos as políticas de leitura e cultura como ferramenta de inclusão social nas escolas. Denunciamos o retrógrado projeto Escola Sem Partido, que pela força da juventude Brasil afora, foi arquivada no Senado Federal. Mostramos que educação não se faz com censura e, sim, com liberdade de expressão!
- Derrotamos o desmonte do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Porto Alegre, que estava sendo promovido pelo governo Marchezan. Através da mobilização nas comunidades escolares e das famílias, as matrículas, que haviam sido suspensas, foram retomadas. Reivindicamos a importância do EJA para a cidade na correção de uma dívida histórica fruto da desigualdade social, uma vez que o programa devolve o direito à educação a diversos jovens e adultos de classe baixa e da periferia, que deixaram de estudar por problemas sociais.
- Participamos ativamente da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Passe Estudantil, através de debates nas escolas para lutar contra os projetos do Executivo que queriam acabar com o direito histórico dos estudantes ao meio passe estudantil. Mais de 10 mil jovens se mobilizaram no tradicional dia do estudante, o que garantiu que a Câmara Municipal não votasse os demais projetos. O Prefeito queria restringir o uso do meio passe estudantil somente a estudantes com renda familiar de até três salários mínimos, contribuindo com a já alta evasão escolar.
- Fomos parte ativa dos protestos contra o fechamento da exposição Queer em Porto Alegre – uma verdadeira tentativa de criminalizar a arte e a liberdade de expressão. Fortalecemos a luta pelo respeito à diversidade sexual e de gênero e contra as diversas tentativas de ataques aos direitos à população LGBT. Estamos juntos daqueles que lutam contra a intolerância e a lgbtfobia e transfobia em um país que infelizmente mais mata transexuais no mundo. Nosso compromisso é com a construção de uma sociedade sem preconceitos e libertária.
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