Na manhã dessa sexta-feira (6), a deputada Fernanda Melchionna (PSOL/RS) participou de nova reunião com a diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer, junto ao presidente da Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro, Paulo Oliveira, e à Presidente do Conselho Deliberativo da ASHPS e membro do Conselho Gestor, Isabel Sant’Anna, para iniciar a discussão acerca da implementação dos recursos de 2 milhões de reais destinados ao Hospital via emenda parlamentar do nosso mandato
Durante a reunião, a diretora-geral Tatiana Breyer apontou que o HPS, que recebe pacientes de todo Estado, por um lado tem cada dia mais demanda não só em atendimento à saúde como também em assistência social e, por outro, a infraestrutura precária e falta de funcionários. O presidente do HPS apontou a situação alarmante do Hospital, com destaque para a falta de leitos, sobrecarga de trabalho por falta de servidores e problemas graves de infraetsrutura no Hospital.
“É nítido que a situação a cada dia está pior no HPS diante do desmonte e terceirização de vários setores (segurança, portaria, administrativo, auxiliares de farmácia, nutrição) e que quer ser ampliada pela Prefeitura de Marchezan! Há um projeto de desmantelamento do Hospital para abrir portas para terceirização da gestão da saúde pública do Hospital Pronto Socorro! Nossa emenda parlamentar visa ajudar a solucionar parte das emergências de infraestrutura do HPS”, disse Fernanda.
A construção de mais leitos, a reorganização e ampliação de setores como internação pediátrica, UTI no terceiro andar, reforma das enfermarias, unidade de interação neurológica e nova unidade de UTI de queimados foram apontados como medidas mais urgentes para serem implementadas.
Em outubro, nosso mandato acompanhou uma vistoria das frentes municipal e estadual contra as terceirizações na saúde pública lideradas pelas deputadas estaduais Luciana Genro (PSOL) e Sofia Cavedon (PT), além do vereador Roberto Robaina (PSOL), que atestou uma série de problemas estruturais. Durante a vistoria os parlamentares atestaram as consequências da terceirização e da falta de pessoal em diversos setores do hospital, o que acarreta sobrecarga dos profissionais além de subaproveitamento de equipamentos.
Nos últimos cinco anos 37 leitos foram fechados no HPS por falta de pessoal para o atendimento nestes setores. A terceirização atinge áreas vitais da manutenção, como o setor de ar-condicionado. O contrato encerra no próximo dia 31 de outubro e não previsão de como ficará a limpeza dos dutos, o que pode aumentar o risco de infecções. Na sala de banho na UTI de queimados o teto sofre com infiltrações severas em dias de chuva, tanto que no mês passado um servidor sofreu um acidente de trabalho após escorregar no piso molhado.
Na enfermaria de face, 13 leitos foram fechados por falta de pessoal e os pacientes são direcionados para o atendimento geral, sem um acompanhamento por profissionais específicos que se aposentaram e não foram repostos. Na enfermaria de trauma são 4 funcionários para 26 leitos, quando o recomendado seria pelo menos o dobro de servidores. Isso acarreta doenças do trabalho, levando um aumento no número de licenças de saúde e reduzindo ainda mais o quadro de pessoal. Já a enfermaria com 22 leitos está fechada e desativada há mais de 2 anos por falta de pessoal. Na UTI pediátrica também há carência de profissionais, onde são dois servidores para 8 leitos.