Os trabalhadores e o povo em geral estão sendo culpados por uma crise econômica criadas pelas elites. Enquanto os ricos estão mais ricos e os bancos não param de lucrar, querem que a gente trabalhe mais para arcar com os custos do falso rombo da Previdência e se submeta a trabalhos precários impostos pela nova lei trabalhista.
O Brasil tem cinco bilionários com um patrimônio equivalente ao que tem a metade mais pobre da população do país, o que nos torna um dos países mais desiguais do mundo. O que os governos fazem para melhorar a vida do povo? Nada. Seguem à risca a agenda dos mercados: cortam recursos públicos, retiram direitos e precarizam serviços públicos quando a população mais precisa! São mais de 12 milhões de desempregados no país e um explosivo crescimento do trabalho informal.
É fato que a vida do povo está mais difícil e vulnerável e Porto Alegre também vive essa realidade. Nossa capital, que já foi sinônimo de qualidade de vida, com oferta de bons serviços públicos à população, hoje tem diversas áreas sociais (saúde, educação, assistência social) sucateadas. É visível o abandono da cidade: os matos das praças e dos parques cresceram, os buracos das ruas se multiplicaram, a sujeira na calçada e a insegurança tomaram conta de Porto Alegre.
O Prefeito Marchezan mentiu inúmeras vezes sobre o tamanho da crise financeira do município para justificar o parcelamento do salário dos funcionalismo e a redução da oferta de serviços públicos. Felizmente não faltou disposição para lutar contra as ações privatistas da gestão municipal. Diferente daqueles que enxergam como única solução para a crise o arrocho salarial, a retirada de direitos e a privatização, nosso mandato acredita na valorização dos servidores e na auto-organização do povo para lutar em defesa de uma cidade para as pessoas!
- Lutamos para impedir a aprovação de uma reforma administrativa que acabou extinguindo secretarias importantes para a cidade, como a do Meio Ambiente, Direitos Humanos e de Esportes. Contraditoriamente, o mesmo governo que alegava falta de recursos públicos, manteve o verdadeiro cabide de empregos de mais de centenas de CCs. Isso só mostra que a crise fiscal é seletiva e que o governo Marchezan opera sob uma lógica de “Estado Mínimo” para o povo e para os pobres e “Estado máximo” para os ricos e as elites.
- Presidimos a Frente Parlamentar em Defesa dos Servidores Municipais e dos Serviços Públicos de Qualidade e defendemos direitos históricos dos servidores públicos. Combatemos a política de parcelamento de salário dos servidores, iniciada em junho – que só confirmou as tendências autoritárias, recessivas e neoliberais do governo Marchezan.
- Denunciamos no Ministério Público de Contas que o Prefeito optou criminosamente por deixar milhares de trabalhadores endividados. A auditoria do Tribunal de Contas do Estado mostrou que havia recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para pagar a folha de pessoal dos professores da rede municipal de educação durante dois os meses iniciais do parcelamento.
- Lutamos contra o conjunto de projetos antipovo que pretendiam fazer alterações nos regimes de trabalho dos servidores públicos. Os trabalhadores poderiam perder até 40% do seu rendimento dos trabalhadores, prejudicando centenas de famílias e a própria economia da cidade. Sem falar na intenção de privatizar o DMAE, referência no Brasil em oferta de água com alta qualidade a tarifas baixas, e de desmontar os conselhos da cidade, importante mecanismo de controle social das decisões do Estado.
- Ajudamos a construir, ao lado do funcionalismo público e da população, uma das maiores greves da história da cidade. Por mais de 40 dias os servidores públicos estiveram em greve emplacando uma grande derrota ao governo ao impedir a aprovação de diversos projetos. A vitoriosa greve dos trabalhadores ajudou a aprofundar a crise de um governo já bastante frágil, que em um ano deixou o funcionamento da cidade entrar em colapso e que teve 18 baixas em um ano de gestão.
- Nosso mandato também esteve ao lado dos trabalhadores da saúde, da educação e da assistência social e outras áreas sociais, denunciando, ao lado dos sindicatos combativos, as precárias condições de trabalho e o assédio moral a que muitos são submetidos, e lutamos contra as ameaças de retirada de direitos trabalhistas e em defesa do direito à greve.
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