A bancada do PSOL na Câmara protocolou nesta tarde (06) um Requerimento de Informação para que a Secretaria Geral da Presidência da República forneça esclarecimentos sobre a denúncia de que o Palácio do Planalto teria oferecido cargos comissionados em troca da morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega. A resposta é obrigatória em até 30 dias, sob pena de crime de responsabilidade.
A iniciativa acontece após a divulgação, pelo jornal Folha de S. Paulo, de escuta telefônica feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro há dois anos, na qual uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega acusa o Palácio do Planalto de oferecer cargos comissionados em troca da morte do ex-capitão.
Segundo o jornal, “na gravação, Daniela Magalhães da Nóbrega afirma a uma tia, dois dias após a morte do irmão numa operação policial na Bahia, que ele soube de uma reunião envolvendo seu nome no palácio e do desejo de que se tornasse um ‘arquivo morto’”.
“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, diz Daniela na gravação autorizada pela Justiça.
O Palácio do Planalto e a defesa de Daniela não se posicionaram sobre o conteúdo das escutas para a reportagem. No caso do Requerimento de Informações da bancada do PSOL, a resposta da Secretaria Geral da Presidência terá que ser protocolada em até 30 dias.