Procuradoria abriu investigação contra o deputado Kim Kataguiri e o youtuber Bruno Aiub, o Monark, por crime de apologia ao nazismo.
Nosso mandato junto aos demais deputados do PSOL protocolou no início da tarde desta quarta-feira, 9/02, uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) para que o comentarista da Joven Pan, Adrilles Jorge, seja investigado no mesmo âmbito do processo que investiga o deputado Kim Kataguiri e o youtuber Bruno Aiub, o Monark, por crime de apologia ao nazismo.
A bancada também pede a responsabilização da emissora. Não é o primeiro caso envolvendo violação de Direitos Humanos e ataques contra o Estado Democrático de Direito na Jovem Pan:
O jornalista Augusto Nunes chamou Guilherme Boulos de “gigolô de sem-teto”, também em programa ao vivo e foi condenado a indenizar Boulos. Outro nome conhecido da Jovem Pan, Rodrigo Constantino, divulgou um vídeo nas redes sociais comentando o caso de Mariana Ferrer, que foi vítima de estupro, e afirmou que, sob as mesmas circunstâncias, não denunciaria os possíveis estupradores da sua própria filha. Por essa declaração, em novembro de 2020 ele foi desligado da emissora, mas, meses depois, já estava de volta, apresentando o Programa Pingo no Is – e substituindo Augusto Nunes.
Na representação, os parlamentares, entre outras coisas, sugerem que “a) A Procuradoria Geral da República, pelos meios que julgar adequados, ordene que a emissora exiba, à título de contrapropaganda, no mesmo veículo, local, espaço e horário da transmissão impugnada, programas de promoção dos Direitos Humanos, produzidos e/ou indicados pelas entidades da sociedade civil atuantes na área; b) A promoção, pelos meios que julgar adequados, da responsabilização da emissora e do Representado ao dano moral coletivo, diante da grave ofensa aos princípios constitucionais proferidas pela apresentadora, em horário nobre, em uma concessão pública”.
“Revoltante que no mesmo dia em que o país repudiou a apologia à criação de um partido nazista, o comentarista Adrilles Jorge da Jovem Pan faça um sinal supremacista ao vivo. Casos assim vão se acumulando sem responsabilização. Mais um crime ao vivo em rede nacional. O crescimento de grupos nazistas no Brasil (270% em 3 anos) não é dissociável da chegada de Bolsonaro à presidência. A extrema-direita não acabará com sua derrota na eleição. Minha luta estará a serviço da tarefa histórica de colocar esses fascistas na lata do lixo da história.”, disse Fernanda.