Declaração desumana e desrespeitosa a respeito do caso do congolês Moïse Kabagambe é mais uma das graves imposturas do atual presidente da entidade
A bancada do PSOL na Câmara protocolou no sábado (12.02) representação ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, ao Procurador Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), Carlos Vilhena, e ao Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Oliveira Mattos de Souza, contra o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, pela gravidade de suas declarações no caso do congolês Moïse Kabagambe, assassinado recentemente no Rio de Janeiro.
Na representação, a bancada do PSOL afirma que a saída de Sergio Camargo do cargo é imperativa e urgente, e que não há nenhuma condição moral de ele permanecer à frente de qualquer cargo público.
“Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes”, escreveu Camargo no Twitter. Antes mesmo de assumir a presidência da Palmares, Camargo já utilizava suas redes sociais para compartilhar declarações totalmente incompatíveis com o cargo que ocupa.
“A declaração, de uma baixeza histórica e se nenhum embasamento fático, infelizmente é mais uma de uma série de declarações que contrariam princípios básicos da dignidade humana”, afirmam os parlamentares no Requerimento.
Para a líder Samia Bomfim (SP), “os ataques de Sérgio Camargo ao jovem Moïse, além de mentirosos, configuram apologia e incitação ao crime”.