Justiça para Marielle Franco, pauta levantada por Fernanda Melchionna, é um dos encaminhamentos da reunião parlamentar sobre Direitos Humanos e Políticas Públicas na América Latina

Além do Fórum, Fernanda Melchionna também participou, na sexta-feira (24), do ato que marca os 40 anos ininterruptos de democracia na Argentina.

14 abr 2023, 14:06 Tempo de leitura: 2 minutos, 0 segundos
Justiça para Marielle Franco, pauta levantada por Fernanda Melchionna, é um dos encaminhamentos da reunião parlamentar sobre Direitos Humanos e Políticas Públicas na América Latina

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A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) participou, nesta quinta-feira (23), da reunião parlamentar de Direitos Humanos e Políticas Públicas na América Latina que compôs o III Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Buenos Aires. A partir de uma pauta levantada pela deputada, um dos encaminhamentos da reunião foi a importância de obter justiça para Marielle Franco, vereadora do PSOL-RJ assassinada em 2018. Também estava presente no encontro Mônica Benício, vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL e viúva de Marielle.

O tema da justiça por Marielle e Anderson Gomes foi levantado pela deputada não só porque é escandaloso que, passados cinco anos, ainda não se saiba quem foram os mandantes do crime, mas também porque desvendar a identidade dos responsáveis é fundamental para coibir crimes políticos no país e para que não se perpetue a ideia de impunidade no Brasil. Outros temas levantados por Fernanda também foram acatados como pontos de encaminhamento, como justiça de transição, responsabilização dos crimes da extrema direita no Brasil e punição do genocídio contra os povos originários. 

“Os temas estão entrelaçados: a falta de justiça de transição do período da ditadura civil-militar no Brasil nos trouxe a um país que teve como presidente um sujeito que cometeu crimes contra a humanidade descaradamente, e trouxe de arrasto uma extrema direita tresloucada que acha que pode cometer todo tipo de crime sem que haja punição, como foi o 8 de janeiro em Brasília. O Brasil não pode ser o país da impunidade. Embora não seja o mesmo tipo de justiça, é preciso garantir ambas, a do passado, de transição do período ditatorial, e a do presente, dos crimes da extrema direita, sob risco de que aberrações como essas voltem a ocorrer no país”, afirma Fernanda. 

Na reunião, estavam presentes parlamentares do Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Honduras, Equador, El Salvador, México, Portugal e Marrocos. O encontro foi organizado pelo Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) e pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MERCOSUL (PARLASUL).

Além do Fórum, Fernanda Melchionna também participou, na sexta-feira (24), do ato que marca os 40 anos ininterruptos de democracia na Argentina.