A deputada federal Fernanda Melchionna, do PSOL/RS, em conjunto com a bancada de demais parlamentares do partido, acionou, na tarde da última quinta-feira, o Ministério Público Federal para cobrar rigorosa investigação do assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, em Umbaúba, interior de Sergipe. O uso da viatura da Polícia Rodoviária Federal como Câmara de gás expõe nível de violência e despreparo das polícias brasileiras.
Parlamentares também protocolaram um Requerimento de Convocação do ministro da Justiça na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, para tratar de violações de direitos humanos em ações da PRF . Para além de explicações sobre o crime de Genivaldo, os parlamentares querem ouvir de Anderson Torres o que motivou e como foi planejada a participação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária na chacina ocorrida ontem, na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que terminou com 23 pessoas assassinadas.
Nos documentos, os deputados do PSOL destacam graves violações cometidas cotidianamente por agentes de segurança, o acirramento da violência e o crescimento dos descaminhos que o país vem trilhando no campo da segurança pública nos últimos anos. Para os deputados esse estado de coisas encontra respaldo nas narrativas do presidente Bolsonaro:
“Genivaldo, assassinado e torturado de forma cruel e desumana pelas forças de segurança mostra que a retórica virulenta empregada pelo Presidente Jair Bolsonaro e seus aliados se transforma, na base, em prática violenta e intimidadora”, diz um dos trechos do documento.
Um minucioso requerimento de informações ao diretor da PRF, com inúmeros questionamentos, também foi protocolado em breve.
“A tortura e morte de Genivaldo Santos em uma câmara de gás montada pela PRF em uma viatura é um crime bárbaro! Nossa bancada está acionando o Ministério Público Federal por uma investigação rigorosa sobre o caso, além de cobrar da própria PRF que tornem públicas todas as informações relacionadas aos responsáveis pela ação criminosa. Não podemos naturalizar atos de terror e assassinato pelas mãos do Estado.”, disse também a deputada Sâmia Bomfim, líder da bancada