Fernanda manifesta solidariedade aos presos políticos da Nicarágua

Ontem (10 de fevereiro de 2022), o mandato da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) recebeu o Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Nicarágua, representado por Ana Mercedes, professora da UFRGS, nicaraguense, e a Comissão de Relações Internacionais do Movimento Esquerda Socialista (MES), representada pelo Antônio Neto, para falar sobre a situação crítica que presos políticos […]

11 fev 2022, 16:28 Tempo de leitura: 1 minuto, 53 segundos
Fernanda manifesta solidariedade aos presos políticos da Nicarágua

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Ontem (10 de fevereiro de 2022), o mandato da deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) recebeu o Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Nicarágua, representado por Ana Mercedes, professora da UFRGS, nicaraguense, e a Comissão de Relações Internacionais do Movimento Esquerda Socialista (MES), representada pelo Antônio Neto, para falar sobre a situação crítica que presos políticos estão vivenciando no país.

Estamos acompanhando a situação da Nicarágua, onde a repressão do governo sobre a população aumentou muito com a rebelião de 2018 contra a reforma da previdência. O regime de Ortega vem, nesses últimos anos, massacrando os movimentos sociais, ONGs, associações, universidades e todos que se opõem ao seu governo.

Nesta segunda feira começaram os julgamentos dos mais de 100 presos políticos do governo Daniel Ortega. Desde de abril de 2018, quando os Nicaraguenses se rebelaram contra as contra reforma da previdência que pioraria ainda mais as condições de vida no país centro Americano, dezenas de jovens que encabeçaram as mobilizações foram presos ou mortos.

Atualmente, há uma estimativa de 173 presas e presos políticos na Nicarágua, que sofrem graves violações a seus direitos básicos. Nosso mandato se comprometeu a dar visibilidade à situação e levar o caso às comissões onde estiver representado no parlamento.

Entre os presos políticas está uma das líderes da revolução sandinista, a ex-comandante guerrilheira Dora María Téllez. Conhecida como Comandante Dois, Dora María Téllez foi um símbolo da Revolução Sandinista que pôs fim à ditadura dos Somoza. Ficou conhecida por ser a “Comandante Dois” da invasão ao Palácio Nacional de Manágua, um prédio de dois andares com um enorme pátio interior onde funcionava o Congresso. Foi uma das ações mais ousadas dos guerrilheiros sandinistas: tomar como reféns os membros da Câmara de Deputados em troca da liberdade de 60 presos políticos.

A ex-guerrilheira foi uma das vozes mais visíveis de oposição as violentas repressões durante as manifestações de abril de 2018, foi presa em sua casa nos arredores de Managua no dia 19 de junho sob o cerco de um forte aparato policial.