Bancada do PSOL na Câmara quer explicação de Augusto Heleno sobre criação de Centro de Inteligência Nacional na Abin

Requerimento de convocação ao ministro-chefe do GSI foi protocolado na tarde desta terça-feira 4/8. De acordo com matérias de imprensa, Bolsonaro organiza uma nova unidade para enfrentar ‘ameaças à segurança do Estado’. Dentre outras atribuições, estão planejar e executar atividades de inteligência destinadas “ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e […]

4 ago 2020, 19:37 Tempo de leitura: 1 minuto, 15 segundos
Bancada do PSOL na Câmara quer explicação de Augusto Heleno sobre criação de Centro de Inteligência Nacional na Abin

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Requerimento de convocação ao ministro-chefe do GSI foi protocolado na tarde desta terça-feira 4/8.

De acordo com matérias de imprensa, Bolsonaro organiza uma nova unidade para enfrentar ‘ameaças à segurança do Estado’. Dentre outras atribuições, estão planejar e executar atividades de inteligência destinadas “ao enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade” e implementar a “produção de inteligência corrente e a coleta estruturada de dados”. As medidas previstas no decreto entram em vigor no próximo dia 17.

A mudança é a primeira grande alteração no coração do sistema de inteligência brasileiro durante a gestão Bolsonaro e dá ao diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, um poder maior de investigação. Ramagem, como se sabe, foi indicado para assumir a direção da Polícia Federal, mas não pôde fazê-lo por força de uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

Nesse contexto, importante relembrar que na reunião entre o Presidente da República e os Ministros de Estado, em 22 de abril, Bolsonaro reclamou da falta de informações de serviços de inteligência e disse que a Abin “tem os seus problemas”.

Para os deputados do PSOL está clara a instrumentalização de órgãos públicos para para atender aos interesses políticos do Presidente da República, monitorando movimentos sociais e cidadãos e perseguindo seus opositores e adversários. Atuação típica de regimes autoritários.