Celebridades assinam pedido de impeachment proposto por Fernanda, David e Sâmia; ação já conta com meio milhão de assinaturas

Nomes como Felipe Neto, Arnaldo Antunes, Caio Blat, Carolina Kasting, Leoni, Maria Rita, Chico César, Daniela Camargo, Maria Ribeiro e mais 200 figuras públicas, entre políticos, artistas, youtubers, intelectuais se somaram ao pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, proposto por deputados federais do PSOL na última quarta-feira (18). A ação protocolada na Câmara pelos […]

25 mar 2020, 15:13 Tempo de leitura: 3 minutos, 26 segundos
Celebridades assinam pedido de impeachment proposto por Fernanda, David e Sâmia; ação já conta com meio milhão de assinaturas

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Nomes como Felipe Neto, Arnaldo Antunes, Caio Blat, Carolina Kasting, Leoni, Maria Rita, Chico César, Daniela Camargo, Maria Ribeiro e mais 200 figuras públicas, entre políticos, artistas, youtubers, intelectuais se somaram ao pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, proposto por deputados federais do PSOL na última quarta-feira (18). A ação protocolada na Câmara pelos deputados por Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP), David Miranda (RJ) e Luciana Genro (deputada estadual do RS) já contava com nomes de expressão como Vladimir Safatle, Zélia Duncan, Gregório Duvivier, Débora Diniz e Rosana Pinheiro-Machado.

As assinaturas na petição online lançada pelos deputados para que os brasileiros possam demonstrar apoio ao pedido dobraram em apenas uma madrugada nesta quarta-feira (25), após o pronunciamento de Bolsonaro em rede nacional, passando de 250 mil assinaturas para meio milhão até o início da manhã.

“A decisão de protocolar o impeachment de Bolsonaro na Câmara dos Deputados atende ao clamor dos brasileiros que não aguentam mais ver o Brasil sem liderança em um momento de grave crise humanitária. O pronunciamento de Bolsonaro é um atestado de irresponsabilidade pública e de um lunatismo sem precedentes. Bolsonaro nega a ciência e a necessidade de proteger o nosso povo. O presidente precisa ser parado. A cada segundo que ele seguir no comando do Brasil as medidas necessárias não serão tomadas e sim desautorizadas. Nosso pedido de impeachment é para salvar vidas. Bolsonaro é perigoso e precisa ser afastado do cargo”, afirma Fernanda.

Confira alguns dos novos signatários ao pedido de impeachment:

* EDGARD SCANDURRA  – cantor 

* FELIPE NETO – youtuber

ARNALDO ANTUES – cantor

* CAROLINA KASTING – atriz

* CAIO BLAT – ator

* LEONI – cantor

* DANIELA CAMARGO – atriz

* MARIA CLARA SPINELLI atriz

* MARIA RITA – cantora

* MARIA RIBEIRO – atriz e escritora

* CHICO CÉSAR – cantor

* FRANCISCO BOSCO – sociólogo e filho do João Bosco

* MARINA PERSON – atriz

* LUCÉLIA SANTOS – atriz

* HENRIQUE SOARES CARNEIRO – professor da usp

* EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO – antropólogo

* ALYSSON MASCARO – filósofo

* RUY GOMES BRAGA NETO – sociólogo

* BRUNO TORTURRA – youtuber

* DOLORES ARONOVICH AGUERO – Lola Aronovich – blogueira feminista

* CARLOS  LATUFF – cartunista

* SIDARTA RIBEIRO – neurocientista

* AUREO CISNEIROS LUNA FILHO – policial antifascista

* ADRIANA ERTHAL ABDENUR – socióloga e membro do Committee on Development Policy (CDP) da ECOSOC da ONU

* GUILHERME TERRERI LIMA PEREIRA – “Rita Von Hunty”

* VALDETE SOUTO SEVERO – Presidenta da AJD – Associação Juízes para a Democracia

* MÁRCIO CHAGAS – ex-árbitro de futebol

* HENRY ALFRED BUGALHO – filósofo e escritor

SOBRE O PEDIDO DE IMPEACHMENT

O pedido sustenta que Jair Bolsonaro cometeu crimes de responsabilidade (nos termos do Art. 85 da Constituição Federal e da Lei nº 1079, de 10 de abril de 1950) ao convocar atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF e, principalmente, por colocar em risco a saúde nacional ao romper o isolamento indicado pela Organização Mundial da Saúde e pelo próprio Ministério da Saúde de seu governo, ao participar das manifestações do dia 15 de março de 2020. 

A peça dá peso à grave conduta de Bolsonaro, que se aproximou de manifestantes no domingo (15), contrariando as orientações do Ministério da Saúde e destaca ainda o episódio de convocação das manifestações por WhatsApp, denunciado pela jornalista Vera Magalhães, as ameaças e declarações de ministros como o General Augusto Heleno, que considerou a relação do Executivo com o Legislativo como chantagista, e a intervenção de Paulo Guedes, que naturalizou o pedido de AI-5 em entrevista nos Estados Unidos. Cita também o uso das redes oficiais da Secretaria de Comunicação do Governo Federal para divulgação dos atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e STF. Além disso, o documento trata diretamente como crimes de responsabilidade os itens do Art. 6º da Lei n. 1.079/50, que dispõe do livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados.