Estamos num momento decisivo da história e está nas nossas mãos se os próximos anos do Brasil será de civilização ou barbárie, de respeito às liberdades democráticas ou de cerceamento de direitos civis e sociais. A ausência de uma justiça de transição, que não julgou torturadores e aqueles que praticaram tantos outros crimes contra a humanidade durante a Ditadura Militar, hoje é cobrada dado os rumos do cenário político no país.
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Um projeto autoritário, antidemocrático e repressivo se desenha em torno da candidatura de Bolsonaro, angariando setores conservadores, neofascistas e viúvas da ditadura que defendem abertamente o autoritarismo, a violência política e a retirada de direitos dos trabalhadores. Nessa semana assistirmos ao caso de censura contra o reconhecido jornalista gaúcho Juremir Machado – que pediu demissão do programa da Rádio Guaíba após ser impedido de interrogar Bolsonaro durante uma entrevista. Um pouco antes, em um vídeo ao vivo, o inominável disse que “os marginais vermelhos serão banidos da nossa pátria”. A história já viu esse filme. E foi de terror. Não podemos legitimar um projeto que estimule a violência e a perseguição a quem pensa diferente.
A indignação justa da população diante da desmoralização do sistema político corrupto e apodrecido em meio a uma crise econômica brutal que faz o Brasil hoje ter mais de 12 milhões de desempregados, em sua maioria mulheres, faz com que se aposte em Bolsonaro como a saída para corrupção e para a crise no país. Mas é justo aí que mora o engano. Como pode esse projeto representar a solução para a saída da crise quando recebe apoio do detento e corrupto Eduardo Cunha mesmo de dentro da cadeia? Por que alguém que está há mais de 30 anos no poder, sem apresentar nenhum projeto relevante para a sociedade, que fez da política carreira e inclusive aumentou de forma exponencial seu patrimônio pessoal, agora vai lutar pelo povo?
As ideias de Bolsonaro para o Brasil estão longe de ser a favor do povo. Redução da maioridade penal, revisão da política de cotas, fim (da quase inexistente) discussão sobre gênero e sexualidade nas escolas tipificação como terrorismo das ações justas de movimentos sociais, como MTST e MST que lutam por uma sociedade menos desigual e por moradia digna.
Não é hora de tergiversar. Nós não daremos um cheque em branco para a violência, para a opressão, para a homofobia e para o machismo. Felizmente, enquanto seguidores de Bolsonaro apelam para a violência para gerar o medo e parar o movimento crítico e progressista que se multiplica, a resistência cresce nas universidades, nas organizações sindicais para frear essa inadmissível escalada de violência.
As mulheres, que estiveram na linha de frente dos protestos em diversas cidades gaúchas no primeiro turno pelo #EleNão, mostrando, que além de lutar pelos nossos direitos e pela ocupação dos espaços de poder, estão sendo fundamentais na derrota desse projeto fascista nesse segundo turno. Agora é hora de repetir a nossa força nas urnas.
É verdade que os tempos são difíceis, mas não há tempo e espaço para o medo. Ousadia e coragem para enfrentar os novos tempos. É hora das mulheres, dos homens, da juventude e da população manter-se mobilizados nas redes e nas ruas contra esse projeto fascista de fechamento do regime político, de combate às liberdades e de guerra econômica contra o povo. Nesse segundo turno, votaremos 13 para derrotar o fascismo!