A semana começa com luta e união dos trabalhadores contra os ataques de Marchezan e Sartori. Nesta terça-feira (31), os servidores mais uma vez foram obrigados a ir às ruas lutar contra as precarizações. Ao mesmo tempo em que ocorria uma manifestação dos trabalhadores do Imesf na frente da Secretaria Municipal da Saúde, servidores contratados do Estado do Rio Grande do Sul protestavam contra os movimentos de Sartori que pretende demitir centenas de profissionais.
A vereadora do PSOL de Porto Alegre Fernanda Melchionna acompanhou os protestos ao lado do companheiro de partido e deputado estadual Pedro Ruas. “É preciso unidade dos trabalhadores da cidade para enfrentar essa agenda neoliberal que estão tentando impor. Estamos aqui para deixar claro nosso apoio às lutas de vocês. O que nós temos agora são governos autoritários de plantão que tentam de todos os modos acabar com o serviço público e ameaçando os trabalhadores que lutam para ter seus direitos respeitados”, afirma Fernanda.
O professor da rede pública estadual Fábio André Pereira conta que diversos servidores estão relatando demissões e o 32º mês de atraso no pagamento dos salários. “Nós somos 40% da nossa categoria em todo o Rio Grande do Sul. A situação de precariedade que a gente se encontra fragiliza muito os servidores. Estamos expostos a assédio moral e perseguições por lutar pelos nossos direitos”, conta. Ele também relata que uma colega foi exonerada de uma escola aqui na Região Metropolitana e outras no interior por se engajar na luta dos contratados.
Já os trabalhadores da saúde ligados ao Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) de Porto Alegre – responsável pela atenção básica nos postos da saúde da cidade – se manifestam desde a semana passada paralisando suas atividades para reivindicar reajuste de seus salários e melhorias nas condições de trabalho. A categoria, formada por agentes de combate às endemias, agentes comunitários, técnicos de enfermagem, enfermeiros, trabalhadores de nível médio e técnico dos posto de saúde da capital, está há quase 3 anos sem reposição salarial e são submetidos a um cotidiano de trabalho precarizado em um cenário de desmonte da atenção primária em saúde em Porto Alegre. Eles denunciam também que estão sob risco de perder 10% de gratificação do salário-base.
“O prefeito de Porto Alegre é antipovo, não gosta de servidor público e não valoriza trabalhadores de uma forma geral. Ele acha que pode governar com os setores da elite mais atrasada e mais reacionária. Marchezan nos ataca, mas é muito fraco. Nem seus próprios secretários o aguentam”, afirma Fernanda Melchionna em defesa dos municipários.