CULTURA: devolver a cidade ao povo e defender a arte popular!

Defendemos uma cidade para as pessoas e o Estado como o agente garantidor de políticas públicas de fomento à arte e à cultura. Devemos ocupar as praças e parques públicos, as escolas e as ruas com teatro, dança, cinema e literatura, e fazer dos projetos artísticos e culturais uma realidade cotidiana da cidade. Infelizmente Porto […]

19 jul 2018, 16:22 Tempo de leitura: 3 minutos, 25 segundos
CULTURA: devolver a cidade ao povo e defender a arte popular!

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Defendemos uma cidade para as pessoas e o Estado como o agente garantidor de políticas públicas de fomento à arte e à cultura. Devemos ocupar as praças e parques públicos, as escolas e as ruas com teatro, dança, cinema e literatura, e fazer dos projetos artísticos e culturais uma realidade cotidiana da cidade.

Infelizmente Porto Alegre vive uma lógica de privatização dos espaços públicos, em a que a maior expressão disso é o projeto de revitalização do Cais Mauá. Além disso, os artistas independentes vem sofrendo com a redução drástica de verbas públicas que patrocinam produções artísticas locais. Menos de 1% do orçamento municipal é destinado para a cultura e parte do parco recurso existente ainda não foi utilizado para o pagamento de diversos projetos culturais. Nossos equipamentos culturais em geral estão sucateados, mas apesar de existir um evidente retrocesso em relação a antigas conquistas da cidade, nunca deixamos de lutar.

  • Rechaçamos a ação de Marchezan de reduzir às vésperas da data do evento os recursos públicos destinados para a principal festa da cultura popular do país, o Carnaval. Infelizmente as áreas que os governos identificam como prioridade para o corte de “gastos” são sempre aquelas que beneficiam o povo. Desde a década de 40, a Prefeitura financia o carnaval de Porto Alegre e essa atitude desconsidera a cadeia produtiva e as centenas de empregos gerado e demonstra o elitismo de quem desconhece a cultura popular! Felizmente, a comunidade se organizou e conseguiu realizar a festa, mesmo que com menos recursos e equipamentos. Pela primeira vez, o desfile das escolas de samba da cidade não aconteceu nos dias oficiais de Carnaval.
  • Através da  Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura da Câmara de Vereadores e ao lado das entidades de luta em defesa da leitura, como a Associação Gaúcha de Escritores (AGES), Câmara Rio-grandense do Livro e Clube dos Editores, organizamos protestos pela manutenção integral do programa “Adote um Escritor”. Juntos formamos o movimento #SouAdote para defender essa importante política de incentivo à leitura que  teve seus recursos drasticamente cortados pela Prefeitura. Organizamos dois livraços junto a escritores, bibliotecários, estudantes, professores, leitores e à população para reiterar a nossa luta em defesa da promoção da leitura e formação de leitores literários dentro das escolas municipais. Garantimos através de muita luta o orçamento de 400 mil reais para o programa, derrubando inicialmente o veto de Marchezan.
  • Denunciamos o caráter conservador e retrógrado do projeto de Revitalização do Cais Mauá, no entorno do Gasômetro, por querer construir um complexo que não dialoga com a cultura e história do centro da cidade. O projeto prevê a construção de shopping center e de estacionamento para centenas de carros, o que vai aumentar o fluxo de pessoas e veículos e gerar agressivos impactos ambientais. Defendemos uma revitalização construída e planejada junto à sociedade, com participação social. É inadmissível acabar com a preservação da história, da cultura e do meio ambiente da nossa cidade! Lutamos por um Cais Mauá de Todos!
  • Lutamos ao lado dos artistas e dos grupos de produção cultural de Porto Alegre para exigir o repasse dos valores d de um dos mais antigos fundos municipais de fomento à cultura em funcionamento no país – o Fumproarte. O atraso do pagamento dos recursos desde 2013 mostra o imenso desprestígio da Prefeitura com a cultura ao deixar sem pagamento diversos profissionais. Cobramos da Prefeitura o pagamento dos artistas e prestadores de serviço  uma dívida que ultrapassa 6 milhões de reais. Além do não pagamento, o edital de 2017 não foi aberto e as verbas do Fumproarte foram congeladas, mesmo a Lei Orçamentária Anual prevendo que o Fumproarte deveria receber R$ 7,5 milhões! Cultura é direito e promove cidadania! Uma cidade não faz sentido sem arte!

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