Seis partidos apresentam nova representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

O PSOL, Rede, PT, PDT, PCdoB e PSB protocolaram representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro por disseminação de fake news, incitação ao ódio e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Conselho de Ética da Câmara. Os partidos também pedem a retomada imediata dos trabalhos do colegiado. Investigações do STF apontam que Jair […]

28 maio 2020, 20:21 Tempo de leitura: 1 minuto, 45 segundos
Seis partidos apresentam nova representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética

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O PSOL, Rede, PT, PDT, PCdoB e PSB protocolaram representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro por disseminação de fake news, incitação ao ódio e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Conselho de Ética da Câmara. Os partidos também pedem a retomada imediata dos trabalhos do colegiado.

Investigações do STF apontam que Jair Bolsonaro tenta obstruir as investigações relacionadas ao “Gabinete do Ódio”, que funcionaria nas dependências do Palácio do Planalto, seria chefiado por seus filhos, aliados políticos e empresários e consistiria na produção e na difusão em larga escala de notícias falsas com objetivos políticos.

O deputado Eduardo Bolsonaro criticou os inquéritos em curso no Supremo e afirmou que é necessário punir o ministro Alexandre de Moraes. “Sem disfarçar o seu caráter autoritário e saudosista da ditadura civil-militar brasileira, o Representado disse ainda até entender as pessoas que tenham uma “postura mais moderada”, para tentar impedir um “momento de ruptura”, mas ele acredita que a questão, nesse caso, não é de se vai ocorrer a cisão, mas de quando”, destaca a representação.

Para os partidos, há uma “articulação orientada pelo Representado e por aliados do Presidente da República, na tentativa de deflagrar uma ruptura institucional, com graves consequências para a democracia brasileira. É fundamental que os poderes constituídos tomem as providencias cabíveis para punir os responsáveis pelos atentados contra o Estado Democrático de Direito.”

Eduardo Bolsonaro já responde a processo no Conselho de Ética por afirmar que “se a esquerda brasileira radicalizar”, uma resposta pode ser “via um novo AI-5”. Essas representações foram apresentadas pelo PSOL, Rede, PT e PCdoB.

“Existe uma quadrilha do gabinete do ódio. Estamos vivendo um grave momento da nossa história, com a pandemia e a disseminação do fascismo. A Câmara não pode ficar em silêncio, deveria reabrir o Conselho de Ética e cassar o mandato desse deputado quadrilheiro”, afirma a líder do PSOL, deputada Fernanda Melchionna (RS).