Governo quer vender os cânions do RS

Os cânions Fortaleza e Itaimbézinho são dois dos pontos turísticos mais especiais e famoso do Rio Grande do Sul, mas nem a forte conexão com a cultura gaúcha é suficiente para livrar os dois patrimônios do Estado do rolo privatizador do governo Temer. De acordo com notícia publicada na imprensa gaúcha, estão em tratativas negociações […]

6 jul 2018, 22:06 Tempo de leitura: 2 minutos, 24 segundos
Governo quer vender os cânions do RS

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Os cânions Fortaleza e Itaimbézinho são dois dos pontos turísticos mais especiais e famoso do Rio Grande do Sul, mas nem a forte conexão com a cultura gaúcha é suficiente para livrar os dois patrimônios do Estado do rolo privatizador do governo Temer. De acordo com notícia publicada na imprensa gaúcha, estão em tratativas negociações para abrir editais de concessão dos parques para a iniciativa privada até o final deste ano.

“Há uma visão de estado mínimo para o povo e máximo para os interesses dos ricos e dos políticos. Essa visão neoliberal de que órgãos públicos tem que dar lucro só faz drenar mais dinheiro do povo para a iniciativa privada. Ao mesmo tempo, acontece um desmonte generalizado dos órgãos de proteção ambiental do governo. É necessário que mais recursos sejam destinados ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e que se trate o turismo ecológico como um ramo sério que pode ser um grande gerador de recursos”, apontou a vereadora Fernanda Melchionna.

O cânion Fortaleza fica localizado no Parque Nacional da Serra Geral e o Itaimbézinho no Parque Nacional dos Aparados da Serra, ambos no município de Cambará do Sul, na divisa com Santa Catarina. A estimativa é de que todo ano cerca de 220 mil pessoas visitem os parques com acesso livre e democrático.

A situação é caótica. Falta sinalização, sanitários, guias turísticos e equipamentos de segurança. A estratégia não é nova: sucatear e abandonar o patrimônio público, gerar revolta e tristeza na população e depois dizer que a única alternativa é vender a estrutura a preços muito mais baratos do que os praticados pelo mercado. As consequências é a população que paga com a elitização do acesso através da cobrança de ingressos fora das possibilidades de consumo da maior parte da população.

“É uma lástima isso que está acontecendo. No afã de ter lucro acima de tudo, as empresas privadas vão acabar oferecendo serviços de baixíssima qualidade e cobrando preços maiores do que os praticados pela administração pública. É a simples entrega do que é da população para os amigos de quem está no poder”, comentou também a vereadora Fernanda.

Nosso mandato sempre esteve comprometido com a defesa do patrimônio público, que deve ser cuidado com responsabilidade, inovação e criatividade. “Acreditamos que o acesso às belezas naturais não deva ser transformado em um produto para a especulação e exploração do povo e é do poder público a responsabilidade de fazer com que seja garantido à população ingressos com valores populares, gratuidades para populações específicas e total transparência no uso dos recursos.