O que fizemos em 2017!

Este material é uma modesta prestação de contas do primeiro ano do nosso terceiro mandato. O povo nos deu a honra de representar as lutas populares e as demandas sociais pela terceira vez e com a votação mais alta de toda a cidade, como parte do reconhecimento das lutas e mandatos anteriores. Isso dá ao […]

20 jul 2018, 11:27 Tempo de leitura: 5 minutos, 18 segundos
O que fizemos em 2017!

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Este material é uma modesta prestação de contas do primeiro ano do nosso terceiro mandato. O povo nos deu a honra de representar as lutas populares e as demandas sociais pela terceira vez e com a votação mais alta de toda a cidade, como parte do reconhecimento das lutas e mandatos anteriores. Isso dá ao PSOL uma imensa responsabilidade na construção de uma esquerda autêntica, anticapitalista e que tenha a mobilização popular como método das grandes transformações sociais.

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A pergunta que todos se fazem neste momento é: para onde vai o Brasil? Vivemos uma crise econômica profunda, em que as elites e os governos querem repassar para as costas do povo os planos de austeridade combinada a uma crise de representatividade brutal. As pessoas não se sentem representadas pelos Palácios e Parlamentos. Com tantas negociatas e tanto toma lá, dá cá, são pouquíssimos exemplos de parlamentares que honram os votos populares!

O ano de 2017, ou seja, nosso primeiro ano deste terceiro mandato, foi marcado por muitas lutas, mas também por muitos ataques. Tivemos a greve internacional de mulheres no 8 de março, a Greve Geral de 28 de abril e a marcha à Brasília em 24 de maio que indicaram uma alteração da correlação de forças mais favorável aos trabalhadores. Mas o desmonte da greve geral em 30 de junho e a absolvição da chapa Dilma/Temer pelo TSE foram elementos de enfraquecimento da resistência. Logo após vimos a aprovação da Reforma Trabalhista, que significa o rebaixamento global dos salários e a precarização das relações de trabalho. Além disso, ao mesmo tempo que tivemos a comprovação de que Temer era o chefe da quadrilha, o Congresso corrupto arquivou os pedidos de investigação contra ele. Foi o ano da resistência à Reforma da Previdência e o êxito de, no mínimo, adiá-la, mas também o de intervenção militar no Rio de Janeiro.

Ou seja, a marca do período é de governos autoritários e neoliberais tratando de tentar piorar as condições de vida do povo e o movimento de massas resistindo à avalanche de retirada de direitos. Uma das marcas do período é justamente o descrédito e o cetismo, assim como a falência dos centros políticos. A experiência de conciliação de classes e as alianças espúrias do PT com os partidos do regime, acabou com um golpe parlamentar quando as elites perceberam que o PT não aplicaria o ajuste com a intensidade que eles queriam e, tampouco, conseguiria frear as investigações de corrupção.

Os 13 anos de governo petista além de mostrar que, quando reformas estruturais não são realizadas, mesmo os pequenos avanços em políticas sociais desmoronam quando a lucratividade dos capitalistas cai. Os anos de governos petistas também foram marcados como uma tentativa de domesticar os movimentos sociais, aumentando as confusões quanto ao caráter de classes do Estado. Em junho de 2013 sentimos na pele a tentativa de “salvar” o establishment tão questionado nas ruas.

Com o acirramento da situação política no país e a falência dos centros, vimos uma extrema-direira, há muito tempo adormecida, botar a cabeça para fora. Tentando capitalizar a indignação do povo com a corrupção, estes lobos se colocaram em pele de cordeiro. É preciso desmacará-los. A melhor forma de fazer isso, é a constituição de uma esquerda autêntica, que mostre como o capitalismo e corrupção são sinônimos, que combata radicalmente este regime político apodrecido, que defenda a auto-organização e que mostre pelo exemplo que é possível fazer política que o dinheiro não compra.
Estamos jogados neste desafio. É fato que estamos no período de interregno, onde o velho já morreu e o novo ainda não nasceu, como diria o Gramsci. Mas estamos plantando as sementes de uma nova alternativa popular com capacidade de influenciar o movimento de massas.

Exemplos de processos alternativos estão ocorrendo no mundo todo: nos Estados Unidos, de Trump, tivemos o fenômeno Sander, no Chile das ocupações de escolas, a Frente Ampla fez 20% dos votos elegendo 20 deputados, temos Corbyn na Inglaterra e o próprio Podemos na Espanha. São exemplos de como as lutas sociais têm gerado novos sujeitos políticos em processos de composição e com programa democrático e radicais. O Brasil não passará incólume por novas experiências. Estamos fazendo uma aliança com MTST e vários outros movimentos, estamos nas ruas e nas lutas. Somos parte da construção da resistência aos ataques dos governos. Mas queremos dar o salto adiante. Sair da defensiva e passar à ofensiva. Com democracia, enraizamento e combatividade.

Muitos me dizem que os tempos são difíceis. E, de fato, são! Acabaram de assassinar a nossa companheira

Marielle Franco e o assessor Anderson. Entretanto, milhões de pessoas lutaram em circunstâncias muito mais difíceis que as nossas, enfrentaram ditaduras, escravizações, restrições de liberdades democráticas. E se aqui estamos hoje, devemos ao sangue, suor e lágrimas das gerações passadas. E os que deram a vida “pelo bom, justo e necessário” como Marielle Franco. Façamos nosso dever de casa e deixemos um legado às gerações futuras.

Só padece de solidão quem não participa das lutas da sua época.

Confira o balanço das ações do nosso mandato dividido em tópicos:

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