Mais um caso de violência contra a mulher aconteceu no Rio Grande do Sul. A jovem de 24 anos Francine Ribeiro foi morta em Santa Cruz do Sul e a polícia suspeita de crime sexual. O corpo dela foi encontrado em um matagal perto do Lago Dourado, onde tinha ido caminhar no fim da tarde de domingo (12 de agosto).
Casos como o de Francine não são isolados. Recentemente, o Brasil se revoltou com a morte da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, que foi jogada da sacada do apartamento em que morava com o marido, no 4º andar de um prédio em Guarapuava, no Paraná. Imagens de câmeras de segurança mostram que ela tinha sido agredida pelo marido pouco tempo antes de sua morte.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 60 mil casos no ano de 2017, uma média de 164 casos de estupro por dia. Isso sem contar os casos que não são comunicados à polícia, que poderiam então passar dos 500 mil por ano. Segundo a Folha de São Paulo, séria uma taxa de 28,9 estupros a cada 100 mil habitantes.
Neste domingo (19) às 14h, para marcar a morte de Francine e todas as outras vítimas de feminicídio, a comunidade de Santa Cruz do Sul irá realizar o “Ato Pelo Fim Da Violência Contra as Mulheres”. O ponto de encontro da caminhada será a Praça da Matriz e a marcha seguirá até a Praça da Bandeira, onde acontecerão falas e demais manifestações.
“Iremos acompanhar a caminhada para apoiar a luta das mulheres de Santa Cruz e por acreditar na força da mobilização para lutar contra o machismo estrutural em que vivemos. Estamos em uma cultura da violência contra a mulher que precisa ser enfrentada firmemente”, diz a vereadora Fernanda Melchionna, do PSOL de Porto Alegre, que estará na cidade no domingo. Juntamente com militantes do partido e apoiadores, Fernanda irá participar também de uma conversa com o público na Praça da Bandeira no mesmo dia às 18h.
