Aeroviários fazem jejum contra suspensões arbitrárias da TAP-ME

A empresa comunicou que as suspensões são por tempo indeterminado e podem culminar em demissão por justa causa Um grupo de aeroviários iniciou na manhã desta segunda-feira (30) um jejum contra suspensões arbitrárias que a empresa TAP Manutenção e Engenharia (TAP-ME) impôs aos trabalhadores que se manifestaram contra decisões em massa ocorridas nos últimos meses. […]

30 jul 2018, 20:32 Tempo de leitura: 2 minutos, 2 segundos
Aeroviários fazem jejum contra suspensões arbitrárias da TAP-ME

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A empresa comunicou que as suspensões são por tempo indeterminado e podem culminar em demissão por justa causa

Um grupo de aeroviários iniciou na manhã desta segunda-feira (30) um jejum contra suspensões arbitrárias que a empresa TAP Manutenção e Engenharia (TAP-ME) impôs aos trabalhadores que se manifestaram contra decisões em massa ocorridas nos últimos meses. Os funcionários foram punidos ficando sem salários, vale-refeição, plano de saúde e outros direitos garantidos por lei.

A vereadora do PSOL de Porto Alegre Fernanda Melchionna e a liderança nacional do partido Luciana Genro acompanharam parte da manifestação dos trabalhadores. “Nos colocamos à disposição para ajudar o grupo no que for necessário. É uma suspensão arbitrária que vai contra o direito de manifestação. Não podemos aceitar esse tipo de conduta de uma empresa internacional que recebe milhões em isenções fiscais”, disse Fernanda.

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De acordo com o aeroviário Paulo Roberto Schutz, a suspensão aconteceu como retaliação depois que o grupo participou de manifestações questionando as demissões. “A empresa alega que nós fizemos baderna no saguão do aeroporto de Porto Alegre e que não deveríamos ter dito que o sucateamento põe em risco a aviação nacional, que é o que está acontecendo. Nós só fomos suspensos por ter uma unidade”, diz.

O trabalhador Aldemir Dorneles de Carvalho, que trabalha há 33 anos na empresa, também se uniu aos colegas e aderiu ao jejum para pressionar a empresa a rever a decisão. Ele relata que foi chamado pela direção e escoltado até o lado de fora do local quando chegou para trabalhar. “É uma vida trabalhando aqui para depois simplesmente nos mandarem entregar o crachá. Chamaram um guarda para monitorar se nós não estávamos levando algo enquanto pegamos as nossas coisas. Não merecemos esse tipo de humilhação”, conta. Carvalho afirma que a luta também acontecia para garantir os direitos daqueles que ainda trabalham na TAP.

Segundo Carvalho, a empresa comunicou que as suspensões são por tempo indeterminado e podem culminar em demissão por justa causa. O grupo ingressou na Justiça e espera que a decisão seja revertida. “Nós vamos voltar por cima”, conclui.