Congresso do PSOL no RS referenda nome de Fernanda Melchionna para Prefeitura

O PSOL do RS realizou a primeira plenária do Congresso do partido no último sábado (7) em que referendou o nome da deputada federal Fernanda Melchionna como pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre. Fernanda agradeceu o apoio da militância e reforçou a necessidade de se construir um programa junto aos movimentos sociais para “devolver a […]

9 mar 2020, 12:44 Tempo de leitura: 3 minutos, 0 segundos
Congresso do PSOL no RS referenda nome de Fernanda Melchionna para Prefeitura

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O PSOL do RS realizou a primeira plenária do Congresso do partido no último sábado (7) em que referendou o nome da deputada federal Fernanda Melchionna como pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre.

Fernanda agradeceu o apoio da militância e reforçou a necessidade de se construir um programa junto aos movimentos sociais para “devolver a cidade ao povo”. “Encaro com muito orgulho este desafio. Vamos percorrer a cidade, dialogar com o nosso povo e fortalecer uma alternativa de luta contra Marchezan e o bolsonarismo”, disse a deputada.

Para Fernanda, a luta política contra o autoritarismo de Bolsonaro não pode esperar 2022. “Queremos uma Prefeitura plebleia, insurgente e que seja uma trincheira de luta nacional de enfrentamento ao governo Bolsonaro. O processo eleitoral em Porto Alegre será parte dessa luta política, afinal é nos municípios que as consequências dessa agenda ultraliberal, autoritária e contra os trabalhadores é sentida pela população. Desemprego, explosão da informalidade, falta de professores nas escolas, crescimento do feminicídio e fechamento de postos de saúde são só alguns exemplos.”

A pré-candidata também defendou a urgência de se fortalecer a construção de uma verdadeira alternativa de esquerda, antissistema e comprometida com a juventude e os trabalhadores. Confira o registro de sua intervenção:

https://www.facebook.com/fernandapsol/videos/888001775003249/?t=5

Fernanda também comentou sobre a unidade dos diferentes campos da esquerda nas redes sociais:

“Desde maio de 2019, o PSOL defendeu a unidade entre os diferentes campos da esquerda. Sabendo que estamos sendo governados pela extrema-direita, e por isso apontamos, pela primeira vez, desde que existimos como partido, a necessidade de confluir campos diferentes. Mas unidade não é adesismo e sim a confluência entre esquerdas distintas: uma que governou por 13 anos e outra que fez oposição de esquerda a esses governos – essa última da qual faço parte.

Para tanto, propomos um processo de prévias em maio de 2019, um método democrático para discutir programa e chapa, que não fosse restrito aos partidos, mas aberto a tod@s que fazem oposição a Bolsonaro, Leite e Marchezan. Os partidos da frente popular não responderam. Propusemos ainda a confluência dos campos com propostas de oito fórmulas possíveis. Não responderam novamente, e nos gestos já votaram seu candidato a Prefeito e PT discute já agora o seu vice. Eles mantém a mesma fórmula de 2018, invertendo os partidos: agora PCdoB na cabeça de chapa e PT de vice. Ou seja, eles querem a chapa e seu programa e, contraditoriamente, falam em unidade exigindo adesismo.

Unidade para nós é necessidade, mas supõe a soma de diferentes. Não é política de prato feito. Aliás, diferenças não nos faltam, enquanto os governos do PT e PCdoB estão fazendo reforma da previdência em seus estados, o PSOL está na luta contra a agenda de ajuste. De qualquer forma, não temos dúvida de que nessa eleição as pessoas estão atrás de novas alternativas. Enfrentar e resistir à extrema-direita também supõe construir uma esquerda antissistema com capacidade de mobilizar e construir um caminho alternativo.

E a proposta de prévias segue na mesa. Quem sabe depois das últimas eleições um setor da esquerda perceba que os mesmos métodos levam aos mesmos resultados? Nós do PSOL acreditamos na democracia e seremos os primeiros a construir um processo realmente democrático de baixo para cima para escolher o programa e a melhor chapa para POA”.